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Versos

Poema de Páscoa (Albert Steffen)

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(do livro “Wegzehrung”, pag.106 - Versão para o português de Ruth Salles)

Fazem medo o ar opresso, o frio,
                 [a escuridão,
e não quer mais seguir batendo
                       [o coração,
e assim nenhum consolo encontram
                       [os amigos,
e tímidos então rodeiam meu
                       [jazigo
e sentem, de meu sopro, o ar da
                 [morte passar.
- Ó vós, tudo que tendes, a fala,
                       [o olhar,
e que trazeis a mim, o sepulcro
                       [devora
insaciável sugar do meu túmulo
                       [agora.
Porém, ante o sepulcro, eis o
             [Cristo postado!
Olhai! De quanta luz Ele está
                       [rodeado!
Reparai no calor que se irradia
                       [dele,
subi do vosso Nada ao Tudo que
                       [está nele,
estendei vossas mãos em sua
                       [direção,
cruzai-as junto ao peito e:
      [Eu sou! - dizei então.
E o calor e a luz, fluindo em
             [mim, florescem,
e o último inimigo, a morte, se
                     [esvanece.