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Pensamentos para a época de Micael (Douglas Thackray)

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Douglas Thackray

O Arcanjo Micael só pode ajudar a quem o procura como fonte inspiradora da sua própria liberdade. “Liberdade” pode ter muitos enfoques; aqui se trata de uma atitude interior nossa de grande naturalidade para com o que nos rodeia, destituida de egoísmo, preocupações ou ambições. É então que podemos ser visitados pela graça da liberdade, que consiste em o destino se nos manifestar em ocorrências do dia-a-dia, dirigidas pelo mundo espiritual.

Apliquemos este pensamento na presente situação mundial, com os países democráticos e cristãos, bem como os islamitas, em grave crise. Estava-se formando uma globalização, por ora principalmente mercantil e econômica. Talvez se ambicionasse estendê-la também ao campo político, cultural e humanitário, com uma salutar interdependência entre o Ocidente e o Oriente.

Os acontecimentos de 11 de Setembro e as represálias dos Estados Unidos criaram uma situação diferente. O confronto atual não está mais localizado em determinados territórios, o terrorismo encontra-se infiltrado em toda parte. Alguns países unem-se contra os terroristas (aparentemente “invisíveis”), outros se unem a favor deles. Em toda parte impera um clima de insegurança e medo.

Na história, todas as guerras sempre tiveram como conseqüência novos passos na evolução da humanidade. Procuremos acalmar nossa ansiedade. Os acontecimentos causarão mudanças no mundo; as graves crises são necessárias para nós evoluirmos. Estejamos alerta, procuremos aprender sempre!

Vejamos a figura de Micael, inspirador de pensamentos puros e fortes.

Em uma das mãos ele segura a espada que ali não é instrumento de guerra e destruição (ódio gera mais ódio), mas de defesa do que é sagrado, dominando o Mal. Consta que o Mal não pode ser eliminado, apenas subjugado.

Na outra mão, Micael segura a balança com a capacidade de medir o que é certo para cada situação. A justiça micaélica ocorre na época adequada.

Precisamos reconhecer que só encontramos a paz em nossa vida quando entregamos nossa vontade á vontade de Deus, conscientes de que a hora final, qualquer que seja, é determinada por deus independente dos fatores externos. Temos de apelar para a ajuda de Micael, pedindo sua inspiração que ouvimos no Ato de Consagração: nestes dias, ele não ameaça o dragão diretamente, mas sim indica ao homem o mistério da Gólgota como meio de trazer luz as nossas vidas. Teremos de aprender de Cristo como entregar a nossa vontade a deus, nas suas palavras: “Não a minha, mas a tua vontade seja feita, Senhor!” e “Em tuas mãos entrego a minha alma, Senhor!”

Sentiremos esta entrega voluntária como uma pequena morte e abriremos assim um pedaço em nossas vidas para que nos apareçam iniciativas espontâneas inspiradas por Micael – aquele que devolve ao homem sua dignidade.